No dia 8 de julho, a Capela de Santo António, em Montemor-o-Velho, tornou-se no mais recente local de fruição cultural da sede de concelho com a inauguração das obras de reabilitação daquele espaço e traz consigo a vontade e o propósito de dar um novo estímulo ao território.

Com uma saudação muito especial para as pessoas de Montemor-o-Velho, o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, lembrou a importância da capela ao longo dos tempos, para as pessoas de Montemor-o-Velho e sublinhou: “Desde 2013/2014 que decidimos empreender a reabilitação urbana e esta é a primeira obra consumada desse grande projeto de renovação do casco velho da Vila e da sua zona histórica”.

Com mais de 100 mil visitantes por ano no Castelo, o edil montemorense quer trazer os/as visitantes até à Vila e, neste sentido, frisou: “Estamos a dar o impulso e o estímulo e agora têm de ser os particulares também a fazer a sua parte”.

Paralelamente às oportunidades de crescimento e investimento que podem acontecer em Montemor-o-Velho com as possibilidades criadas pelo intenso programa de regeneração urbana desenvolvido pelo Município, Emílio Torrão realçou que o programa cultural e expositivo preparado para a capela foi idealizado pelos Serviços do Município e asseverou: “Para além da obra física, estamos também a deixar um legado às pessoas de uma organização que está preparada mudar a mentalidade de Montemor-o-Velho e  o curso da história”.

Na cerimónia de inauguração que contou com a presença de vereadores do Executivo Municipal, presidentes de Junta, dirigentes municipais e muitos montemorenses, o presidente da Assembleia Municipal, Fernando Ramos, reforçou: “Este espaço passa a estar integrado no percurso de visitação do Castelo” e “é um compromisso do Sr. Presidente da Câmara Municipal para a valorização do território e daquilo que é nosso. A partir do nosso Castelo, todo o território do concelho está a ser valorizado”.

Depois do descerramento da placa e antes de visitar a Capela de Santo António e a exposição permanente “Homens e Mulheres de Montemor-o-Velho”, os presentes foram surpreendidos com uma viagem no tempo até ao momento em a barqueira e notável montemorense Isabel Martins é examinada e instruída por Mestre Gil, cirurgião-mor de D. Afonso IV, sendo, partir de 1554, reconhecida como cirurgiã, tornando-se, provavelmente, a primeira mulher em Portugal autorizada a exercer medicina.

O momento encerrou com chave de ouro, com o decano Carlos Cunha a declamar o poema “Montemor”, de Afonso Duarte, enquanto percorria a galeria dos notáveis montemorenses.

Numa simbiose entre história e tecnologia, no exterior da capela, Emílio Torrão convidou ainda os presentes a ficarem a saber mais sobre a Capela de Santo António através do telemóvel. Na placa de inauguração é disponibilizado um QrCode que permite aceder a informação sobre a intervenção efetuada e a história da Capela de Santo António.

Recorda-se que a intervenção obra “Plano de Ação para a Regeneração Urbana de Montemor-o-Velho – PARU 6 – Requalificação da Envolvente Sul do Castelo/Capela de Santo António” representa um investimento superior a 164 mil euros, tendo sido cofinanciado pelo Programa Operacional Regional do Centro, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, com um apoio de cerca de 133 mil euros.

A Capela de Santo António tem patente a exposição permanente “Homens e Mulheres de Montemor-o-Velho”, pode ser visitada de 3ª a domingo, das 10h às 18h30 e a entrada é livre.