Área com 10 hectares alvo de intervenção ao abrigo do programa europeu RESIST.

A Área Integrada de Gestão de Paisagem (AIGP) de São Miguel foi ontem um dos pontos de visita de um conjunto de três dezenas de técnicos no âmbito do projeto europeu RESIST, que visa aumentar a resiliência às alterações climáticas.

Esta visita, decorreu na Serra de Alveite, junto à aldeia de Alveite Grande, numa área florestal com cerca de 10 hectares, que em 2017 foi uma das muitas áreas atingidas pelo grande incêndio de 15 de outubro, e que ciclicamente é fustigada pelos fogos florestais.

A intervenção lá desenvolvida, numa área pertencente à Comunidade Local de Baldios de São Miguel, consistiu no controlo de espécies exóticas e invasoras, em silvicultura preventiva, através da gestão de matos e limpeza da área, a construção de abrigos para animais e a plantação de espécies endógenas, nomeadamente medronheiros e, junto às linhas de água existentes, freixos.

No local estiveram técnicos de diferentes entidades nacionais, nomeadamente a ForestWISE, BLC3, Comunidade Intermunicipal – Região de Coimbra (CIM-RC), Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), e de Espanha a FUNDECYT, Universidade de Extremadura e Junta de Extremadura, acompanhados pelo Gabinete Técnico Florestal, Coordenador Municipal de Proteção Civil, Direção da Comunidade Local de Baldios de São Miguel, Presidente da Junta de Freguesia de São Miguel, João Carlos Féteira, e da Vereadora da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, Maria da Luz Pedroso.

Recorde-se que o programa RESIST prevê o desenvolvimento de projetos demonstradores de inovação centrados no desenvolvimento de soluções para promover a gestão e valorização mais eficaz da floresta, reduzindo os efeitos das alterações climáticas na região, nomeadamente a ocorrência de grandes incêndios rurais.

Entre as ações implementadas estão novas práticas de uso e ocupação do solo, a resiliência genética, e o teste de soluções de biocircularidade dos biorresíduos verdes, através de novas formas de valorização da biomassa florestal, com o objetivo final de definição de novos modelos de negócio e formas de governação das Áreas Integradas de Gestão de Paisagem (AIGP) e dos Condomínios de Aldeia, nos quais o trabalho está a ser desenvolvido, e de que é exemplo a AIGP de São Miguel.