A Volta a Portugal em Bicicleta pode seguir o exemplo de França e deixar três edições sem vencedor definido, na sequência da decisão da União Ciclista Internacional de retirar o título da Volta de 2021 a Amaro Antunes, por uso de métodos proibidos e ou substâncias proibidas.
Em entrevista ao programa ‘Bola Branca’, da Rádio Renascença, o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, admite seguir o mesmo rumo do “Tour”, após os casos de doping que retiraram vitórias aos norte-americanos Lance Armstrong e Floyd Landis e ao espanhol Alberto Contador:
Recorde-se que o ex-ciclista da W52-FC Porto, de 32 anos, que anunciou a retirada do ciclismo a 16 de janeiro, foi suspenso pela UCI por quatro anos, ou seja, até dezembro de 2026, devido a doping. Perde a conquista da Volta a Portugal de 2021, o que levanta questões sobre a quem é atribuído o título.
Esta possibilidade aplica-se também às edições de 2017 e 2018, conquistadas pelo espanhol Raúl Alarcón, também ele ex-W52-FC Porto.
A UCI atribuiu o primeiro lugar da geral, nessas edições, a Amaro Antunes e a Jóni Brandão, na altura corredor do Sporting-Tavira, respetivamente, mas a Federação Portuguesa de Ciclismo nunca reconheceu os vencedores. Agora pondera não atribuir vencedores às três edições.