O ministro da Educação e os sindicatos de professores reuniram, novamente, esta quarta-feira e, novamente, sem acordo.

No final do encontro, João Costa afirmou que o principal ponto de discórdia, a recuperação integral do tempo de serviço congelado dos docentes, não está em cima da mesa, embora entenda que é uma reivindicação justa e legítima:

Por sua vez, os professores não abrem mão da recuperação integral do tempo de serviço, que corresponde a seis anos, seis meses e 23 dias. Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, diz que esta é a única forma de acabar com as assimetrias existentes na carreira docente:

Carla Piedade, do STOP, diz que o sindicato continua aberto a negociações, mas já prepara as próximas ações de luta:

Para já, ficaram marcadas mais duas reuniões para as próximas semanas. Mário Nogueira salienta a disponibilidade do Governo para continuar a negociar, porque as escolas precisam de serenidade, mas espera do Executivo uma mudança durante as próximas rondas negociais:

Na reunião desta quarta-feira, o ministro da Educação propôs um acelerador de carreira que permite minimizar os efeitos do período de tempo congelado, medida que deve abranger 60 mil docentes.

O Ministério da Educação vai propor também às organizações sindicais que os professores do pré-escolar e 1.º ciclo possam deixar de dar aulas a partir dos 60 anos.

O atual estatuto da carreira docente permite apenas que os docentes com 60 anos possam pedir a redução de cinco horas da componente letiva semanal.