A PRO.VAR avisou esta terça-feira que os despedimentos no setor da restauração podem ultrapassar os 100 mil, no primeiro trimestre deste ano, segundo um inquérito realizado a empresários da restauração, com especial incidência nos restaurantes.
Face à iminência de um novo confinamento geral, a PRO.VAR lembrou que o setor “está exausto” após “dez meses de restrições ‘severas’ acompanhadas de apoios insuficientes”.
Segundo aquela associação, a maioria das empresas da restauração consideram que a modalidade de ‘take-away’ “não é solução”, já que ficam apenas com as cozinhas a funcionar, com menos trabalhadores, mas com mais custos, preferindo encerrar totalmente.
Neste sentido, a PRO.VAR pede ao Governo que apoie as empresas do setor e propõe a “criação de um APOIAR 2.0, para o último trimestre de 2020, atribuindo um apoio de 280 milhões de euros, dividido por escalões que contemplem tetos diferentes para perdas superiores a 25% e 40%”.
Caso o Governo não injete liquidez adequada e imediata nas empresas, “cerca de um terço das empresas do setor da restauração colocam a hipótese de não reabrir” depois de um novo confinamento.
Em relação aos incumprimentos, a PRO.VAR estima que se a situação ficar descontrolada, mais de dois terços das empresas dizem não estar em condições de cumprir com obrigações futuras.