Dezassete anos depois, o PS voltou a conquistar uma maioria absoluta. É a segunda da história do partido depois de José Sócrates. Numa altura em que falta ainda apurar a totalidade dos resultados, tudo aponta para uma maioria absoluta do PS na Assembleia da República entre 117 e 118 deputados, contra 71 do PSD.

Como terceira força política surge o Chega, que passa de um deputado para um grupo parlamentar de 12 deputados. Segue-se a Iniciativa Liberal, com oito deputados e só depois surgem a CDU e o Bloco de Esquerda, que elegem  seis e cinco deputados, respetivamente. O PAN e o Livre garantem a eleição de um deputado cada, enquanto o CDS-PP abandona o Parlamento.

Numa votação marcada pelo contexto pandémico, a abstenção foi de 50,25 por cento, ainda assim abaixo da abstenção nas eleições legislativas de outubro de 2019, quando foi  de 51,4%.

Na ressaca dos resultados eleitorais, surge, à cabeça, a demissão de Francisco Rodrigues dos Santos da liderança do CDS/PP, partido que obteve o pior resultado de sempre:

O PAN, que elegeu apenas um deputado, considera os resultados eleitorais maus para o partido e para o país. Para Inês Sousa Real, aconteceu aquilo que o PAN temia com o chumbo do Orçamento:

Em sentido oposto está o Livre, que volta a ter um deputado na Assembleia da República. Rui Tavares diz que o partido regressa ao Parlamento e para ficar:

A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, assumiu que o resultado do partido foi mau e criticou o PS, afirmando que António Costa criou uma crise artificial:

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do Partido Comunista,  lamentou a quebra eleitoral e a consequente perda de deputados no Parlamento, acusando o PS de promover a bipolarização:

A Iniciativa Liberal passou de nona para quarta força política. E, embora lamentando a maioria absoluta do PS, João Cotrim de Figueiredo garante que o partido vai fazer oposição firme no Parlamento e provar que o liberalismo funciona:

O Chega foi o partido que registou o maior crescimento, assumindo-se como a terceira força política em Portugal. O partido passou de um para doze deputados. No seu discurso, André Ventura voltou a dizer o que já havia referido na campanha eleitoral:

O líder do PSD, Rui Rio, admitiu a derrota do partido, afirmando que, perante a maioria absoluta do PS, não sabe como pode ser continuar a ser útil ao PSD:

António Costa considera que os portugueses mostraram um cartão vermelho a qualquer crise política. Apesar da maioria absoluta, o líder do PS e futuro primeiro-ministro diz que não fechará a porta ao diálogo:

A promessa de António Costa, no rescaldo dos resultados da noite eleitoral, que deram maioria absoluta ao Partido Socialista. Quando faltam eleger quatro dos 230 deputados da Assembleia da República, o PS garantiu 117 assentos parlamentares; o PSD, 71, a que se juntam mais cinco fruto de coligações,  e o Chega, 12. A Iniciativa Liberal elege 8 deputados; a CDU, 6 e o Bloco de Esquerda, 5. PAN e Livre elegem um deputado cada.