Realiza-se, esta quinta-feira, uma reunião suplementar que pode desbloquear o impasse entre o Ministério da Educação e os sindicatos dos professores. À partida para este encontro, os sindicatos falam em seis linhas vermelhas.

Entre elas estão a criação de conselhos de diretores, restrições à mobilidade interna, horários-zero e a insuficiência do desdobramento do agrupamento 530.

Esta manhã, em entrevista à RTP, o ministro da Educação afirmou que encara “com realismo” esta reunião suplementar, solicitada pelos sindicatos. João Costa admite que pode não ser possível obter um acordo global, embora veja que há muitos pontos de aproximação entre as partes:

Confrontado com o facto de mais de 30 mil docentes já terem manifestado a sua vontade de prosseguir a luta, nomeadamente com greves às avaliações, aos exames nacionais ou às provas de aferição, caso não haja entendimento, o governante diz que é tempo da paz voltar às escolas:

Um dos pontos de discórdia é a contagem do tempo de serviço. João Costa diz que que essa não tem sido uma matéria no calendário destas negociações:

Entendimento diferente têm os sindicatos. Também à RTP, o secretário-geral da Fenprof garante que esse será um assunto em cima da mesa na reunião de hoje. Mário Nogueira diz ainda que está disposto a assinar um acordo, desde que seja favorável às reivindicações dos professores:

O dirigente do STOP, também ouvido pela televisão pública, refere as três principais reivindicações que têm obstado a que haja acordo. André Pestana diz estar disposto a negociar, mas deixa a assinatura de um acordo para mais tarde, após consultar os professores e pessoal não docente:

Ao cabo de cinco meses de negociações infrutíferas, sindicatos de professores e ministério da Educação voltam a sentar-se hoje à mesa das negociações. O ministro João Costa diz estar realista e otimista num acordo, ainda que não de forma global. Os representantes dos professores não estão assim tão otimistas, como acabamos de ouvir. Teremos de esperar para ver se haverá fumo branco mais para o final do dia.