O Presidente da República apela à vacinação dos jovens de 16 e 17 anos, para que não haja complicações no arranque do novo ano letivo e para que todos estejam mais protegidos.

Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa refere os benefícios da vacinação, mesmo entre as camadas mais jovens:

Relativamente à decisão de administrar uma terceira dose, o Chefe de Estado diz que compete ao Governo:

Entretanto, um estudo do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, que está a avaliar a resposta dos profissionais de saúde à vacina contra a covid-19, concluiu que, após três meses, o nível de anticorpos cai para 16% do valor inicial.

O documento indica que os serviços de Patologia Clínica e de Saúde Ocupacional do CHUC analisaram cerca de 9 mil pessoas, avançando que, em 97,7% dos profissionais houve uma resposta elevada na criação de anticorpos após a vacinação, mas que, 90 dias depois, os valores caem, em média, para um sexto.

Em declarações à RTP, o virologista Paulo Paixão considera que esta não é uma boa notícia, mas ressalva que, com os dados já conhecidos, não deve haver motivo para alarmismos. Sobre uma terceira dose, pede prudência:

Miguel Prudêncio, do Instituto de Medicina Molecular, refere que a queda de anticorpos não corresponde, necessariamente, a uma perda de proteção. Relativamente a uma eventual terceira dose, este investigador defende que deve ser aplicada a pessoas mais vulneráveis:

Citada pelo Diário de Notícias, a responsável pelo projeto, Lucília Araújo, afirma que, provavelmente, será necessária a administração de uma terceira dose da vacina.

A nova dose devia ser dada primeiro aos mais vulneráveis e depois a toda a população, independentemente da idade, para que os surtos possam ser controlados, evitando ainda a evolução para variantes mais agressivas.

O estudo concluiu também que a manutenção da capacidade de resposta do sistema imunológico diminui com a idade e que as mulheres conseguiram manter o índice de anticorpos numa fasquia mais elevada.