Os portugueses que não puderem votar nas presidenciais de 24 de janeiro podem pedir para exercer o seu direito de voto uma semana antes, numa mesa de voto à sua escolha.

O voto antecipado em mobilidade foi alargado, por lei aprovada no Parlamento, e pode ser feito na sede de cada um dos 308 concelhos do país, em vez da sede do distrito, como aconteceu nas eleições legislativas de 2019.

Assim, quem quiser antecipar o seu voto para 17 de janeiro, numa qualquer câmara municipal, em vez do dia 24 na mesa de voto onde está inscrito, tem de o fazer até à próxima quinta-feira. O pedido pode ser feito por via eletrónica junto do Ministério da Administração Interna no site www.votoantecipado.mai.gov.pt ou através de correio normal.

A Comissão Nacional de Eleições, através do seu porta-voz, João Tiago Machado, considera que esta é uma boa alternativa para quem não puder ou não quiser ir votar no dia 24:

No ato de inscrição, o eleitor deve mencionar o nome completo, data de nascimento, número de identificação civil, morada, mesa de voto antecipado em mobilidade onde pretende exercer o direito de voto, endereço de correio eletrónico e/ou contacto telefónico, havendo uma minuta na página da Internet do Ministério da Administração Interna.

No dia 17, os cidadãos votam na mesa do local escolhido, de acordo com a alteração à lei, aprovada em outubro pelo Parlamento. Entretanto, a partir de hoje já é possível votar para eleger o Presidente da República.

A votação antecipada começa nas prisões e nos Hospitais, seguindo-se os lares de idosos. Os utentes vão, assim, poder exercer o direito de voto sem terem de sair das instalações, como refere o ministro da Administração Interna:

Idêntico processo será aplicado às pessoas que se encontram em isolamento profilático, nas suas casas ou outro local, determinado pelas autoridades sanitárias:

O Ministro da Administração Interna revela também que haverá um reforço do número de mesas de voto, entre outras medidas:

Estas medidas foram anunciadas, ontem, por Eduardo Cabrita, em conferência de imprensa, quando Portugal poderá avançar para um novo confinamento, que deverá incluir o dia 24.

No encontro com os jornalistas, nas instalações do Ministério da Administração Interna, em Lisboa, o governante apelou ainda ao cumprimento das regras sanitárias, que incluem a utilização de equipamentos de proteção individual e o distanciamento físico, para que o processo eleitoral possa decorrer sem complicações e sem aumentar o número de contágios em Portugal.

A propósito de eleições, vamos repor, no próximo sábado, entre as 10 e as 11 horas, no programa “Grande Informação”, a reportagem da jornalista Marta Sousa, intitulada “O Povo é quem mais ordena”, que aborda o tema da abstenção.