Portugal subiu um lugar no Índice da Igualdade de Género para 15.º, tendo conquistado quatro lugares desde 2010, mas continuando abaixo da média da União Europeia, revela o Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE).

Na avaliação do Instituto, Portugal destaca-se na área da saúde, onde tem o melhor desempenho de todos os países.

O foco do relatório deste ano é, aliás, a saúde e as desigualdades de género no acesso à saúde, tendo sido analisados cinco itens, entre “nível da saúde e saúde mental”, “comportamentos saudáveis”, “acesso a serviços de saúde”, “saúde sexual e reprodutiva” e “a pandemia covid-19”.

Por outro lado, o índice avalia também outras cinco áreas, entre “trabalho”, “dinheiro”, “conhecimento”, “uso do tempo” e “poder”, sendo o pior desempenho de Portugal precisamente nos usos e partilhas do tempo. Esta baixa pontuação deveu-se sobretudo às atividades sociais.

O Instituto Europeu aproveita também para destacar que, em Portugal, o fosso de género no emprego continua por resolver, que as mulheres, particularmente as mais velhas e as que vivem sozinhas, ganham menos do que os homens, a segregação de género na educação continua alta e que as mulheres continuam a ser sobrecarregadas com trabalho doméstico ou de cuidado.

Salienta, por outro lado, que aumentou o número de mulheres em cargos de decisão política, enquanto a esfera económica continua a ser a menos igualitária, acrescentando que as mulheres têm pior saúde, sem melhorias nos últimos tempos.