Portugal volta a ficar confinado, a partir das zero horas desta sexta-feira. No entanto, há algumas diferenças relativamente ao primeiro confinamento, em março, como referiu ontem o Primeiro-Ministro:

Outra das mudanças tem a ver com o teletrabalho, que passa a ser obrigatório, sempre que possível:

António Costa adiantou também que o valor das coimas por desobediência às regras definidas pelo Governo vai duplicar:

Entretanto, e já depois de conhecidas as regras do confinamento, a RTP ouviu o epidemiologista Manuel Carmo Gomes. Este especialista, que participou na reunião de terça-feira, no Infarmed, não compreende a decisão de manter as escolas abertas, quando o número de infetados é muito superior ao registado na primeira vaga:

Manuel Carmo Gomes diz ainda que é preciso aumentar a capacidade de testagem, sob pena de deixar descontrolar a pandemia:

A noite passada, na Grande Entrevista da RTP3, o infeciologista Fernando Maltez também defendeu que as escolas deveriam fechar. O diretor do Serviço de Infeciologia do Hospital Curry Cabral, de Lisboa, lembrou que a nova variante do vírus é mais contagiosa, em especial nas idades mais jovens:

Em relação à duração do confinamento, que o Governo prevê que seja de um mês, o infeciologista António Silva Graça considera que possa ser insuficiente:

Nesta entrevista à Antena 1, o especialista considerou ainda que são preocupantes os números de vítimas mortais, que pelo segundo dia consecutivo, ultrapassaram as 150.

Em relação às medidas que entram em vigor à meia-noite e para além das que já referi, destacam-se o encerramento de cabeleireiros, ginásios e estabelecimentos de restauração, que apenas podem funcionar nos regimes de “take-away” e entregas ao domicílio. Toda a informação pode ser consultada no portal “EstamosON”.