A poluição plástica nos oceanos no mundo atinge “níveis sem precedentes” há 15 anos. Esta é uma das conclusões de um estudo que insta as autoridades a concluírem o tratado internacional, previsto para 2024, que pretende salvar o planeta deste lixo.

A investigação estima que 170.000 biliões de pedaços de plástico na superfície dos oceanos, principalmente microplásticos, foram despejados no mar desde 2005, representando 2,3 milhões de toneladas.

No meio do oceano, esta poluição resulta principalmente de equipamentos de pesca e boias, enquanto roupas, pneus de carros e plásticos de uso único costumam poluir mais perto da costa.

A presença destes objetos ameaça os animais, que ficam presos nos pedaços maiores ou ingerem microplásticos que sobem na cadeia alimentar até os humanos.

De acordo com o relatório, caso a tendência se mantenha, o uso de plástico deve quase duplicar em relação a 2019 nos países do G20 até 2050, para 451 milhões de toneladas por ano.

A próxima sessão de negociação está marcada para maio, em Paris. Para os autores, este tratado deve ser ambicioso o suficiente para reduzir a produção e o uso de plástico, mas também gerir melhor a sua eliminação.