Ontem, a aldeia de Padrões, em Pampilhosa da Serra, acolheu uma “caminhada com um sabor aromatizado”. Nesta experiência imersiva e multissensorial, integrada no calendário do Programa Descobrir e Valorizar o Açor, as plantas e infusões nativas mostram-se aos participantes no desenrolar de uma caminhada interpretativa e de um workshop com degustação.  

Na “Viagem pelos Aromas”, tal como constatou Luiz Alves, Investigador do Departamento de Geografia e Turismo da Universidade de Coimbra, foram dadas a conhecer “várias plantas aromáticas e medicinais” com recurso a “vários sentidos”. “Usámos o toque, o olfato e estamos a acabar com o paladar, descreveu Luiz Alves, referindo-se à prova de “algumas infusões, chá frio, chá quente e compotas aromatizadas com plantas nativas”, que decorreu no final da iniciativa, na Casa de Santo Antão, unidade de alojamento rural. 

“Temos um conjunto muito vasto de plantas que são fundamentais no nosso ecossistema, mas que também têm este transporte para a economia e para a experiência turística”, notou o investigador que tem acompanhado as várias iniciativas do programa Descobrir e Valorizar o Açor. 

Nas iniciativas realizadas ao abrigo deste programa, salientou ainda, tem existido a preocupação de fomentar a interação e a integração entre turísticas e residentes, “porque são eles os guardiões do território e estão na base do conhecimento que nós vamos adquirindo nas caminhadas”. “Quando conseguimos conjugar e equilibrar turistas e visitantes com a população residente temos sobretudo uma experiência mais rica para todos”, indicou. 
O programa “Descobrir e Valorizar o Açor”, recorde-se, assenta numa estratégia de educação ambiental municipal, baseada na adaptação às alterações climáticas, na gestão das áreas protegidas e classificadas, na valorização dos territórios do Interior e na diversificação e qualificação da oferta turística.