O Orçamento do Estado para 2022 vai ser votado hoje, na Assembleia da República, com chumbo à vista.
O dia de ontem ficou marcado pela troca de acusações entre os partidos da oposição e o executivo, com António Costa a dizer que o Governo foi o mais longe que podia, nas cedências aos partidos de esquerda.
Estes acusam o primeiro-ministro de ter recusado muitas das suas propostas e acusam-no de ser o responsável por uma eventual crise política.
À direita, PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega também consideram o Orçamento mau e reiteram a intenção de votar contra. Apenas o PAN já disse que se abstém, à semelhança das deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira. Os deputados do PSD eleitos pelo círculo da Madeira mostraram-se disponíveis para negociar com o Governo e alterar o seu sentido de voto.
Todas as decisões ficam adiadas para a votação na generalidade, marcada para esta tarde.
Para já, há duas certezas: António Costa não se demite e Marcelo Rebelo de Sousa dissolverá o Parlamento, se o Orçamento não for aprovado.
Ontem, o Chefe de Estado disse aos jornalistas que fez o que era possível, antes de começar o debate na Assembleia da República:
A votação, na generalidade, do Orçamento do Estado para 2022, deverá ocorrer por volta das 15 horas.