O novo processo de baixas e altas, decorrentes da covid-19, está a aliviar os médicos de família.

No entanto, em declarações à rádio pública portuguesa, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha, destaca o número de profissionais envolvidos no combate à covid e pede um reforço nas equipas dos centros de saúde:

O apelo de Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos. Afetação de médicos à luta contra a covid-19 reduz recursos humanos nos centros de saúde, com consequências na prestação de cuidados de saúde primários.

Entretanto, os médicos alertam para a pressão provocada pelas falsas urgências, afirmando que, mais de metade dos casos, não justificam uma ida ao hospital. No Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, por exemplo, dos cerca de 500 episódios diários, quase metade não justificam uma ida ao hospital, como refere o diretor do Serviço de Pneumologia.

À RTP, Carlos Robalo Cordeiro disse ainda que a grande maioria dos doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos não são vacinados:

Um estudo do Instituto Nacional de Saúde Pública Dr. Ricardo Jorge indica que o risco de internamento, com esquema vacinal completo, é duas a cinco vezes menor do que as pessoas não vacinadas.

Refira-se ainda que, por precaução, os hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja suspenderam as visitas aos doentes internados, excetuando o Serviço de Obstetrícia.