O executivo de Condeixa aprovou uma nota de pesar pelo falecimento de Belmiro Moita da Costa, no passado dia 15 de novembro, e decidiu, por unanimidade, atribuir o nome do antigo presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova ao edifício POLO II.


Em reunião realizada ontem, quarta-feira, o executivo condeixense expressou, por unanimidade, o seu profundo pesar à família e amigos, em especial ao filho Nuno Moita da Costa, atual presidente, pelo falecimento de Belmiro Moita da Costa, um “homem de dedicação exemplar à causa pública”, que “marcou, de forma indelével, a história de Condeixa-a-Nova”, “contribuindo para o progresso e o bem-estar da nossa comunidade, com visão, competência e humanidade.

Durante os anos em que liderou os destinos do nosso Município, deixou um legado de desenvolvimento e solidariedade que perdurará na memória de todos os condeixenses”, lê-se na nota de pesar.


Na mesma sessão, o Executivo apresentou e aprovou, também por unanimidade, uma proposta para atribuir o nome de Belmiro Moita da Costa ao antigo edifício da Câmara Municipal, atualmente conhecido como POLO II, “como forma de honrar o legado e a memória de um dos mais ilustres servidores públicos da história de Condeixa-a-Nova”, justifica a proposta.


O edifício POLO II “constitui um marco na história administrativa do Município e representa, simbolicamente, o local onde tantos esforços foram conduzidos para o progresso da nossa terra.

Consideramos, assim, que este é o espaço apropriado para perpetuar a memória do Dr. Belmiro Moita da Costa”, em reconhecimento pelo papel determinante que Belmiro Moita da Costa teve no desenvolvimento de Condeixa-a-Nova.


A proposta segue agora para apreciação e votação pela Assembleia Municipal.

A intenção é que a cerimónia oficial de atribuição do nome ocorra no próximo dia 21 de dezembro, data que marca o aniversário do homenageado, perpetuando a sua memória e legado junto da comunidade condeixense.


Belmiro Moita da Costa nasceu a 21 de dezembro de 1946 na aldeia de Arrifana, concelho de Condeixa-a-Nova, e faleceu no dia 15 de novembro de 2024.

Foi presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova e deputado na Assembleia da República, além de professor universitário e consultor financeiro.


Licenciado em Finanças pela Universidade Técnica de Lisboa, foi docente na Faculdade de Economia e Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.


Na vida política, foi presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova durante dois mandatos (1986-1989 e 1990-1993) e presidente da Assembleia Municipal de Condeixa-a-Nova (1994-2009), além de deputado na Assembleia da República durante a III Legislatura (1983-1985).


Foi pela mão de Belmiro Moita da Costa, enquanto presidente da Câmara, que abriu ao público a Casa Museu Fernando Namora, a 30 de junho de 1990, dando a conhecer a vida e a obra de uma figura insígne das letras e artes portuguesas, condeixense, poeta e médico ali nascido em 1919.


Durante os seus dois mandatos, Belmiro Moita da Costa destacou-se ainda pela política de apoio ao associativismo, que permitiu a dinamização de diversas coletividades, obras e eventos culturais e sociais.


Assumiu funções diversas nos órgãos sociais de diversas instituições do concelho:
Santa Casa da Misericórdia, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários e
Clube de Condeixa.


Após a aposentação, dedicou-se à escrita, publicando várias obras, tanto técnicas como literárias. Entre os seus trabalhos, destacam-se “Tertúlia de Amigos”, “Dias de Caça” e “Alienígenas em Conímbriga”. Colaborou também em diversas publicações técnicas como “O Orçamento e a Conta Geral do Estado”, onde partilhou a autoria com António Ribeiro Gameiro e o seu filho Nuno Moita da Costa.


Em 24 de julho de 2013, por ocasião do feriado municipal, foi distinguido com a Medalha de Mérito Municipal atribuída pelo Município de Condeixa-a-Nova.