Já foi apresentada a candidatura ao Programa Operacional Centro 2020 por parte da autarquia de Cantanhede para a requalificação da Rua dos Bombeiros Voluntários, o principal acesso à cidade.

O projeto de arquitetura prevê a promoção da qualidade ambiental, urbanística e paisagística desta que é uma via estruturante para as dinâmicas de mobilidade de e para o centro urbano.
O espaço de intervenção proposto inclui parte da Rua dos Bombeiros Voluntários, desde o cruzamento que apoia o acesso ao mercado municipal e o edifício da atual Loja do Cidadão até à rotunda mais a nascente, que liga a Estrada Nacional 234, na envolvente do cemitério.

No entanto, o troço que consta da candidatura e integra a ARU – Área de Reabilitação Urbana, terminará na rotunda construída recentemente, que acede ao recinto da feira quinzenal no sentido norte e cujo seguimento orientado a sul liga ao atual quartel de bombeiros e ao centro escolar.
“Esta intervenção de fundo é uma ambição antiga da Câmara Municipal”, refere a presidente da autarquia, Helena Teodósio, adiantando o objetivo é “valorizar significativamente a envolvente de uma das ruas com maior movimento e tráfego automóvel, logo com necessidades acrescidas”.
Helena Teodósio constata que “o ordenamento urbano em torno da via decorreu em
diferentes fases temporais, e o que se pretende agora é reforçar a sua unidade
urbanística através de uma intervenção pensada para resolver algumas incoerências e
conflitos nos percursos pedonais e da ciclovia”.
O projeto de arquitetura, da responsabilidade da Divisão de Estudos e Projetos da Câmara Municipal, assenta em três premissas: por um lado requalificar os espaços de usufruição pública em particular os espaços verdes, os espaços urbanos e os equipamentos de utilização coletiva; promover a melhoria geral da mobilidade, com uma melhor gestão da via pública e dos demais espaços de circulação; e potenciar a melhoria das acessibilidades aos cidadãos de mobilidade condicionada.
A área de intervenção tem uma extensão aproximada de 460 metros e integra aproximadamente 14.000 m2, dos quais cerca de 4.500 m2 destinados a zona partilhada para peões e bicicletas, 4.800 m2 de áreas ajardinadas e 1.650 m2 em betuminoso.

A restante área de intervenção destina-se a requalificar zonas de transição e uniformização da iluminação publica ao longo das zonas pedonais.
O desenho de reabilitação do espaço público procura dar resposta a várias questões,
nomeadamente ao nível viário, estando prevista uma rotunda no local de cruzamento
junto à Loja do Cidadão e o ordenamento da circulação e estacionamento na rua
lateral ao Tribunal.
A entrada no parque desportivo de S. Mateus requer especial atenção, não apenas por
estar prevista para este local a construção do futuro Auditório Municipal, mas também
por constituir a principal entrada da Expofacic.
“Esta frente deve manter a continuidade do tratamento dado a toda a rua ao nível não
só do desenho, geometria, dos materiais e aspetos cromáticos, mas ajudar a assumir
uma leitura global e unificadora do projeto”, lê-se na memória descritiva do projeto,
que por outro lado destaca a necessidade de “manter o acesso atual ao parque por
razões de ordem funcional, garantindo as cargas e descargas e uma baia paralela
para estacionamento de 10 viaturas”.
O projeto pretende, no fundo, estabelecer uma relação coerente na articulação entre a
circulação pedonal, a circulação automóvel e reestruturar determinados troços da
ciclovia recentemente implementada nesta zona.