Foi na década de 70 que Ilda começou a trabalhar com a fadista, de quem se tornou amiga.

Ilda Aleixo comemorou recentemente, em 06 de março, os 100 anos, numa festa reservada no lar onde se encontrava, em virtude dos cuidados a ter no âmbito da pandemia de covid-19.

“Vou dizer aquilo que sei de mim própria”, dizia Ilda Aleixo, costureira de profissão, há alguns meses, quando entrevistada para a agência Lusa, no âmbito de um trabalho sobre como os centenários viam a covid-19 em Portugal.

Com 100 anos, era natural que se queixasse da memória e Ilda tinha consciência disso mesmo: “Antigamente não me esquecia de nada, mas agora até me esqueço do que aconteceu ontem”, dizia. Mesmo assim, continuava a recordar-se do seu passado mais distante, nomeadamente dos tempos de casada.

Ao longo da carreira artística de Amália, Ilda Aleixo idealizou, desenhou e costurou muitos vestidos, fossem eles para serem exibidos numa ocasião especial ou num espetáculo em palco, quer fossem para simples uso no dia-a-dia.

O segredo para chegar aos 100 anos atribuiu ao que comia. Ilda da Graça dos Santos Aleixo entrou na Sant´Ana Residência Sénior em 8 de fevereiro de 2018. Em abril deste ano caiu durante a noite e partiu o colo do fémur.

Foi operada no hospital de Coimbra, mas acabou por ser transferida para o Hospital dos Covões para convalescença. Aí o seu estado clínico agravou-se. Em maio regressou à residência sénior, mas nunca aceitou bem as limitações a que ficou sujeita pelo facto de ficar acamada e em total dependência.