O presidente do conselho de administração da TAP, Miguel Frasquilho, abdicou do aumento de 1.500 euros mensais líquidos na sua remuneração, segundo comunicado enviado à imprensa.

A informação de que três membros do conselho da administração da TAP foram aumentados enquanto a empresa desenhava um plano de reestruturação que incluía despedimentos e redução de ordenados surgiu esta segunda-feira.

A situação gerou indignação entre sindicatos e partidos, sendo que PSD e BE já pediram ao Governo que, na posição de acionista, obrigue a comissão de rendimentos a voltar atrás.

Com o novo cargo de CEO, Ramiro Sequeira viu o seu salário mais do que duplicado. Antes ganhava 17 mil euros, depois passou a ganhar 35 mil euros brutos por mês.

Miguel Frasquilho, também teve um aumento de 1.500 euros no ordenado, passando para os 13.500 euros, mas já veio dizer que abdicava do aumento. Com a entrada na comissão executiva, Alexandra Vieira Reis passou a receber mais 11 mil euros por mês.

Entretanto, o Ministério das Infraestruturas e Habitação já reagiu e, em comunicado, refere que “a TAP não teve qualquer acréscimo de custos salariais com as funções desempenhadas pelos três administradores.” Ao comparar o mês de março com o atual mês de dezembro, verifica-se uma redução de 33% em valores brutos dos encargos com o Conselho de Administração da TAP, na sua atual configuração.