O presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo disse, em entrevista à MundialFM, que “estes anos têm sido de navegação à vista e que é um dia de cada vez”, mas está confiante e tem a “ambição de retomar a Expo Miranda este ano, [ainda que seja] em moldes adaptados à realidade [que se está a viver]”.

Para além deste objetivo, Miguel Baptista referiu que o maior desafio “é trabalhar diariamente para conseguir que a comunidade tenha melhor qualidade de vida”. Para isso, “é preciso que tenham saúde, uma boa educação, apoio social e que se promova a criação de emprego, entre outros”, acrescentou.

No entanto, há projetos que já foram abraçados, como é o caso do projeto de requalificação do Centro de Saúde e da extensão de Saúde de Semide, no âmbito da transferência de competências, na área da saúde, do Estado para o Município.

No que toca aos desportos de natureza, o Município tem a “ambição de instalar um Centro de Alto Rendimento de Trail Running, em Miranda do Corvo”.

O autarca falou, ainda, do Sistema de Mobilidade do Mondego, cujas obras estão a avançar, e que representa um “fator de retoma e desenvolvimento para o território”, salientou.

Há também investimentos na área do saneamento e abastecimento de água.

Na Cultura, referiu a fase de conclusão da Escola de Talentos, que está a ser construída em Miranda do Corvo.

Uma das grande preocupações, extensível a vários Municípios, passa pela desertificação populacional que, de acordo com Miguel Baptista, é “uma das maiores ameaças, não só deste concelho, mas também de todo o território, [com maior expressão] no interior”.

Deste modo, indicou que a questão demográfica “é efetivamente a principal preocupação não só das autarquias, mas também da administração central”.

Neste âmbito, existe o Plano de Revitalização do Pinhal Interior, que inclui projetos relacionados com demografia. “As outras medidas que os Municípios vão tendo [são os] incentivos fiscais e a recuperação urbana”, afirmou.

Para terminar, o presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo deixou um alerta, referindo que “o país carece de atenção do Governo, porque os Municípios sozinhos não conseguem fazer face a este ‘tsunami’ de ameaça demográfica: o envelhecimento da população e a baixa natalidade”.

Ouça a entrevista na íntegra: