A cumprir o terceiro e último mandato autárquico, o presidente da Câmara Municipal de Soure tem objetivos definidos para cumprir nos próximos anos. Entre eles, destaca-se a criação de novas áreas de localização empresarial no concelho.

Em entrevista à MundialFM, Mário Nunes foi conciso no que respeita aos projetos que quer ver concluídos no Município. Para o autarca, o mais importante passa por criar três áreas de localização empresarial, “que neste momento fazem muita falta ao Município, para que haja uma retoma económica”.

Porém, a revitalização empresarial não é uma forma de combater a desertificação populacional. De acordo com o presidente da Câmara, “a questão da demografia é um pouco complexa”. Melhorar o setor empresarial, não está relacionado com a criação de emprego, mas sim “criar oportunidades de investimento que tragam novos cidadãos para o território”, disse o autarca referindo que se trata de “uma alteração de paradigma”.

Para que haja essa mudança, há alguns ingredientes que têm de ser reunidos, tais como “criar condições para a fixação de novos residentes, jovens ou menos jovens, mas que optem por fazer aqui uma vida a médio e longo prazo. É preciso ter escolas para os filhos, ter extensões de saúde e também ter apoio em termos da flexibilidade e da facilidade da instalação desses investidores e desses investimentos”, enumerou.

Quanto ao novo quadro comunitário (Portugal 2030) e Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Mário Nunes disse estar de consciência tranquila perante os apoios que o concelho conseguiu beneficiar (QREN e o POSEUR) e otimista com os novos.

O autarca falou, ainda, de algumas fragilidades a nível ambiental. Neste sentido, falou da recolha de águas resíduais (saneamento básico), referindo que a Câmara de Soure está a investir “muito nos resíduos sólidos”.

Lamentou, ainda, o facto de não existir financiamento “para grandes e pequenas vias rodoviárias”, tratando-se esta de uma das grandes necessidades do concelho e que “absorve muito do capital próprio”. Desta forma, para responder a esta lacuna, que são as acessibilidade, têm recorrido à banca. Ainda assim, o presidente da Câmara Municipal de Soure mostrou-se confiantes de que, até 2027, o concelho volte a beneficiar dos fundos comunitários.

Ouça a entrevista na íntegra: