A vacinação dos jovens entre os 12 e os 15 anos parece estar longe de ser consensual.

Depois de esta quarta-feira, 4 de agosto, a  Direção-Geral da Saúde ter esclarecido que a vacinação de jovens saudáveis desta faixa etária não estava prevista para já, esta quinta-feira, 5, o Presidente da República defendeu a vacinação de todos os adolescentes e fez uma comparação.

“Todos nos recordamos de que, no início, havia dúvidas quanto à utilidade das máscaras. Eu andei a pregar no deserto durante umas semanas ou meses acerca da utilidade das máscaras e, dois meses depois, concluía-se que eram fundamentais. Dois meses antes eram desnecessárias e contraproducentes”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas a partir do Palácio de Belém.

“Estou muito esperançado que seja rápida a vacinação dos que estão entre os 16 e os 17 anos, e que seja possível ulteriormente chegar-se àquilo que ainda não é para agora, mas que espero que venha a acontecer no futuro, nas idades entre os 12 e os 15 anos. Já acontece na Madeira, mas espero que venha a acontecer nos Açores e no continente”, acrescentou na mesma declaração.

De acordo com o esclarecimento da DGS, “a possibilidade de acesso de adolescentes saudáveis à vacinação não se coloca nesta fase, dado que ainda estão a ser vacinadas faixas etárias acima dos 18 anos e está a ser dada prioridade a adolescentes e jovens com comorbidades”, lê-se na notícia avançada esta quarta-feira pelo “Diário de Notícias”.

O esclarecimento surgiu depois de na terça-feira, 3, a DGS ter divulgado a lista de doenças de maior risco associado à COVID-19 que justificam a vacinação prioritária de menores entre os 12 e os 15 anos. 

De acordo com o documento atualizado nesse dia, os jovens com estas idades que sejam transplantados, apresentem doenças neurológicas e cardiovasculares, perturbações de desenvolvimento, cancros ativos, diabetes e obesidade, entre outras patologias, podem e devem ser vacinados prioritariamente.