Mais de 60% das empresas discorda do pagamento obrigatório das despesas de energia e Internet dos trabalhadores em teletrabalho e quase 80% contesta o alargamento do teletrabalho sem acordo do empregador aos pais de filhos até oito anos. Esta é uma conclusão de um inquérito da Associação Empresarial de Portugal (AEP).

O mesmo inquérito revela que quase metade (46%) das empresas estão a laborar em regime totalmente presencial, encontrando-se 38% num modelo híbrido, mas maioritariamente em trabalho presencial.

Relativamente às principais dificuldades ao bom desenvolvimento da atividade, os custos e falta das matérias-primas e os custos dos transportes e da energia são apontados como os grandes problemas que as empresas enfrentam, e que se agravam no caso das empresas industriais (indústria transformadora).

Segue-se a falta de mão de obra especializada e o acesso ao crédito bancário e a mecanismos de capitalização.

Em relação às expectativas relativamente à evolução da pandemia durante os próximos três meses, há um pessimismo maior das empresas a nível do contexto mundial do que relativamente a Portugal.

Já sobre a previsão de investimento para o próximo ano, embora os empresários prevejam investir em todas as áreas, prevalece o investimento em inovação, tendo as empresas a expectativa de que o PT 2030 venha a apoiar o financiamento dos seus projetos de investimento.