O investimento imobiliário cresceu 57% no segundo trimestre deste ano, face ao trimestre anterior, quando se tinha fixado em 224 milhões de euros, atingindo um total de 351 milhões de euros.

Ainda assim, tendo em conta o agregado do semestre, de 575 milhões de euros de investimento, registou-se uma quebra de 63% em relação ao primeiro semestre de 2020.

De acordo com a consultora, “este volume é impactado por um dos maiores portfólios com grande exposição a ativos hoteleiros, que se perspetiva que seja transacionado este ano”.

O retalho é “um dos segmentos mais afetados pelos confinamentos e constantes constrangimentos sanitários”, mas tem “ainda assim resistido à pressão decrescente das rendas e evidencia um interesse crescente em alguns segmentos particulares, como o retalho alimentar, ‘bricolage’ e decoração, bem como o comércio de conveniência e proximidade”.

Por outro lado, no que diz respeito às rendas, “assiste-se a uma maior partilha de risco entre proprietários e inquilinos nos processos de renegociação e à resiliência nas rendas ‘prime'”.

Existe uma “tendência para renegociação das rendas em baixa, solicitando-se revisão na ordem de -5% a -10%”, mas ainda não tem “efeitos visíveis nos valores praticados”.

Por isso, a renda ‘prime’ mantém-se estável, fixando-se em 115 euros/m2/mês nos centros comerciais e 130 euros/m2/mês no Chiado (Lisboa).