Passam hoje exatamente três anos sobre a maior calamidade que atingiu a região Centro do país.

A 15 de outubro de 2017, um domingo, a região foi devastada pelos incêndios que causaram 50 vítimas mortais e pelo menos 70 feridos, para além de destruirem, total ou parcialmente, cerca de 1.500 casas e 500 empresas, nos 38 municípios afetados, sobretudo no interior do país.

O balanço da área ardida chega aos 290 mil hectares. Um dos incêndios deflagrou na manhã de 15 de outubro, no concelho da Lousã, e alastrou aos concelhos de Vila Nova de Poiares e Penacova, no distrito de Coimbra, acabando as labaredas, empurradas pelo vento, por juntar-se a outras frentes de fogo noutros municípios do interior.

O presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, recorda o trágico amanhecer daquele domingo:

João Henriques, presidente da Câmara de Poiares, também lembra a tragédia, salientando o trabalho entretanto desenvolvido para que nunca mais se repita:

Segundo dados divulgados pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, foram registados 268 milhões de prejuízos na área empresarial nos diferentes concelhos atingidos pela tragédia.

Relativamente às habitações destruídas pelas chamas, os dados atualizados pela CCDRC e que constam no seu portal da internet, indicam que foram recebidos 1.340 pedidos de apoio, tendo sido aprovados 851. Destes, 26 referem-se apenas a apetrechamento de habitações.

Assim, ainda de acordo com a estrutura, o Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente prevê a reconstrução parcial ou integral de 825 habitações. Os dados atualizados indicam que estão concluídas 817, sendo que oito estão em diferentes fases de execução.

Ainda de acordo com a CCDRC, já foram transferidos para as famílias e para as empresas de construção mais de 57 milhões de euros.

Apesar destes números, Nuno Tavares Pereira, porta-voz do Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões, no concelho de Tábua diz que, passados estes três anos, ainda há muito a fazer:

Este será, certamente o mote para a emissão especial que a MundialFM vai apresentar mais logo, entre as 18 e as 20 horas, em direto da sede da MAAVIM.

A jornalista Susana Brás vai conduzir essa emissão, que juntará vários lesados dos incêndios, ainda à espera de apoios, entre outros convidados.