Cerca de 615 bombeiros, com o apoio de 209 veículos e seis meios aéreos, estavam às 08:35 a combater o incêndio que deflagrou em Castro Marim dificultado pelos ventos fortes e que obrigou à retirada de 58 pessoas do local ao longo da noite por precaução, segundo a proteção civil.

Além destas, “houve mais pessoas que se deslocaram pelos seus próprios meios para casa de familiares e amigos”, acrescentou a fonte do comando regional do Algarve. Foram criadas duas zonas de apoio à população, no Azinhal, Castro Marim, e em Tavira.

Fonte do comando regional do Algarve disse à agência Lusa, por volta das 07:45, que o fogo tinha uma frente ativa a sul e um flanco a sudoeste.

Na segunda-feira à noite, o fogo já tinha entrado nos concelhos de Tavira e Vila Real de Santo António, sendo a prioridade dos bombeiros travar a expansão a sul, onde existe mais população.

Recorde-se que o incêndio deflagrou à 01:05 de segunda-feira e chegou a ser dado como dominado pelas 10:20, mas o “quadro meteorológico severo”, com altas temperaturas e vento, estiveram na origem de uma “reativação muito forte, em pleno período crítico do dia, junto à cabeça/flanco direito do incêndio original, e este ficou rapidamente fora da capacidade de extinção”, explicou o comandante operacional regional de Faro, Richard Marques.

O fogo obrigou na segunda-feira ao corte da A22 entre os nós de Castro Marim e Altura, assim como a Estrada Nacional 125, entre Conceição de Tavira e Vila Nova de Cacela. A EN 125 foi entretanto reaberta, às 22:37, continuando no entanto com circulação “condicionada”, devido à passagem dos meios de combate ao fogo, segundo o comando regional do Algarve, mantendo-se a A22 encerrada.

Pelas 11:00, as autoridades farão um novo ponto da situação, no Azinhal, no concelho de Castro Marim.