A FIFA anunciou ontem, em comunicado, a exclusão da Rússia do Mundial 2022, depois da pressão de várias Federações que anunciaram boicote à seleção russa. A decisão surgiu apenas um dia depois do organismo ter anunciado castigos à Federação Russa de Futebol, mas não ter removido a seleção do Mundial.

Polónia, Inglaterra, Albânia, República Checa, Dinamarca, Irlanda, Noruega, Escócia, Suíça, Suécia, País de Gales, Holanda, Estados Unidos da América e Islândia são as federações que boicotaram a Rússia. Além disso, a Federação Francesa de Futebol defendeu, no domingo, a exclusão da Rússia do próximo Mundial.

Assim, a Rússia já não vai disputar o acesso ao Mundial 2022 frente à Polónia, no dia 24 de março. Resta perceber como é que a UEFA, responsável pela qualificação europeia para a prova, vai decidir os moldes do sorteio. Também o Spartak de Moscovo é removido dos oitavos de final da Liga Europa, onde iria defrontar o Leipzig, que, desta forma, se apura diretamente para os quartos de final da prova.

A Federação Portuguesa de Futebol ainda não se pronunciou sobre o assunto. De recordar que a seleção portuguesa de futsal feminino tinha encontro marcado com a Rússia no Europeu, em Gondomar, em março.

A decisão da FIFA surge também depois do Comité Olímpico Internacional ter recomendado que federações desportivas e organizadores não convidem ou permitam a participação de atletas russos ou bielorrussos em quaisquer provas internacionais. A Federação russa de futebol já reagiu, afirmando que vai recorrer desta decisão.

O World Rugby também suspendeu clubes e seleções da Rússia e da Bielorrússia de todas as competições, confirmando que as sanções totais e imediatas se devem à invasão da Ucrânia. O organismo que tutela o râguebi mundial,  suspendeu ainda a filiação da União de Râguebi da Rússia até novo aviso, num comunicado divulgado na segunda-feira à noite.