Fátima Lopes, que acaba de completar 52 anos, falou pela primeira vez da saída da TVI e de como está a ser a sua vida sem aparecer na televisão.

Cinco meses depois de se ter afastado da estação de Queluz de Baixo, eis os motivos para quebrar a sua ligação ao canal.

“Nos últimos anos, o meu programa funcionou como uma espécie de pastilha elástica, aumentava e diminuía para tapar aqui ou ali e isso é um desrespeito por um formato que foi desenhado com características para servir um determinado público num determinado horário” conta a apresentadora, na entrevista à revista.

A comunicadora aponta várias “desconsiderações” por parte da TVI, que pesaram na decisão de se ir embora, onde o facto de o programa das tardes ter sido constantemente “alterado e empobrecido”, sendo o principal motivo, mas também existiram questões relacionadas, com o programa “Conta-me” e ainda motivos contratuais.

No que diz respeito às “desconsiderações” para com o “A Tarde é Sua”, a apresentadora garante que se queixou várias vezes a quem estava na direção, durante os últimos dois anos.

“Falei sempre com quem estava a dirigir os programas, que foram várias pessoas, e a situação manteve-se. Foi pesando… Sei a qualidade das entrevistas que faço e felizmente ninguém me beliscou na consciência que tenho do valor do meu trabalho” acrescenta.

Por último, Fátima revela ainda uma outra razão que a deixou magoada. Estreou o programa “Conta-me”, em 2018, que apresentava e da qual era o único rosto. No entanto, chegaria ao fim em 2020 e, quando Cristina Ferreira volta à TVI, Fátima apercebe-se de que o formato ia regressar. “Só que afinal disseram-me que não ia ser só eu, ia ter outros colegas da informação e do entretenimento. E recusei-me a apresentar. Chega!”

Questionada sobre qualquer tipo de inimizade como Cristina Ferreira, a comunicadora garante que nunca falou com a diretora de entretenimento e ficção. Pelo que foi o seu advogado que tratou do processo e no que diz respeito à sua saída, não aponta o dedo a ninguém. “Comigo houve um somatório de desconsiderações e desvalorizações”, diz.