Passou um ano desde o início da pandemia, altura em que a equipa do Serviço de Medicina Interna do hospital de Santa Maria, em Lisboa, percebeu que era essencial avançar com uma investigação clínica sobre a forma como o novo coronavírus se manifesta nos doentes com cancaro. 

A investigação contou com 72 pacientes. Entre os pacientes com cancro, mais de metade (57.9%) mostraram uma forte resposta serológica, face a 42.1% que tiveram uma resposta mais fraca. 

O estudo aponta como motivo para a fraca resposta o facto de os doentes terem sido submetidos a tratamentos de quimioterapia 14 dias antes da infeção.

O estudo incluiu um espectro de gravidade de doenças oncológicas variado. Foram escolhidos para a investigação “doentes com sintomas ligeiros e com sintomas mais graves”, cujas amostras foram recolhidas “em dois momentos diferentes, na altura da admissão e ao fim de sete dias”, revela Catarina Mota, especialista em Medicina Interna que ajudou a montar o projeto.