Portugal vai estrear o voto porta-a-porta nas próximas eleições presidenciais, devido à pandemia de covid-19, uma vez que os eleitores que estiverem a cumprir confinamento obrigatório vão ter direito a uma espécie de voto ao domicílio.
Segundo a edição desta quinta-feira do Jornal de Notícias, as equipas de, pelo menos, três elementos, vão andar de porta em porta, a entregar e a recolher os boletins de voto. Outra das mudanças, para evitar ajuntamentos, é criar mais mesas de voto e cada mesa terá menos eleitores. Os locais para instalação dessas mesas também poderão sofrer alterações, dando-se preferência a espaços mais amplos como, por exemplo, pavilhões gimnodesportivos. Existe ainda a possibilidade de serem instaladas tendas, para garantir a segurança e o distanciamento social. Cada eleitor deve levar a sua própria caneta e os membros das mesas deverão usar máscara, viseira e luvas. Serão também criados locais para voto antecipado em todos os concelhos o, que até agora, só acontecia nas capitais de distrito.
Em declarações à Antena 1, o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, João Tiago Machado, admite dificuldades para reforçar o número de pessoas disponíveis para estarem nas mesas de voto:
O presidente da Associação Nacional de Freguesias aponta as eleições presidenciais como um desafio ao cumprimento das regras sanitárias. Também contactado pela rádio pública, Jorge Veloso diz que, em muitas localidades, as mesas de voto funcionam em pequenas salas de escolas ou associações, o que, só por si, constitui um problema:
Eleições presidenciais de janeiro são um desafio, em tempo de pandemia. Também na vertente financeira, as alterações programadas, em nome da saúde pública, vão aumentar os custos do ato eleitoral.