Regresso à normalidade, recuperação da antiga Fábrica de Cerâmica de Condeixa, aposta na mobilidade e no ambiente, continuação de projetos no âmbito da educação, promoção de Conímbriga e manter o crescimento da população no Município de Condeixa-a-Nova são alguns dos desígnios do presidente da Câmara para 2022.

Em entrevista à MundialFM, Nuno Moita disse que o principal desejo para este novo ano passa pelo regresso à normalidade, com o regresso de alguns projetos, como por exemplo, a Semana do Cabrito, as Festas de Santa Cristina e o Vislumbre de um Império.

“Eu acho que é possível, dentro das algumas limitações, [a realização] da Semana do Cabrito. As Festas Tradicionais será mais difícil, porque envolve mais pessoas. Mas também estamos esperançados e vamos conseguir fazer”, sustentou.

O autarca indicou outros projetos, uns para começar, outros para concretizar. Um deles passa pela promoção da herança romana. Neste sentido, há um projeto já lançado, cujo objetivo passa pela ligação de Conímbriga ao novo Museu POROS, através de uma Ecovia.

“O projeto está feito, o concurso já está lançado, não digo que esteja concluída em 2022, mas que esteja em grande parte feita”, começou por dizer. Trata-se de “algo importante, porque vai potenciar a ligação a Condeixa para pessoas que vão visitar o Centro do concelho. É importante para o comércio, para restauração e para toda a envolvência da Vila”, rematou referindo que este é um projeto pensado para um ano.

A recuperação da antiga Fábrica de Cerâmica e a sua transformação em Centro de Desenvolvimento de Cerâmica é outro dos projetos, que o Município pretende ver concluído este ano e tem com objetivo manter a tradição desta arte característica de Condeixa-a-Nova.

Relativamente à Cultura, Nuno Moita referiu que, já foi anunciado, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, uma verba de cinco milhões de euros para Conímbriga.

Em termos no novo quadro comunitário, que se vai iniciar com o Portugal 2030, o presidente da Câmara deu conta de que há vários projetos. Uns que dizem respeito à mobilidade ligados à descarbonização, outros mais relacionados com a Zona Industrial e, ainda, no que toca à área ambiental. Neste último caso, o Município pretende através da ERSUC “que as pessoas não paguem só o lixo indexado à água, mas o lixo que produzem”.

Nuno Moita referenciou, ainda, a ligação Metrobus entre Coimbra e Condeixa, mas clarificou que este é um projeto que extravasa o limite do seu mandato, ainda assim, “é um sonho, mas nós estamos a trabalhar para isso”, sustentou.

No que concerne à Educação, o autarca disse que já aceitou a transferência de competências e “é um processo que está a correr bem, do ponto de vista financeiro e logístico, [ainda assim], temos algumas necessidades, nomeadamente em termos de infraestruturas, mas estamos com mais alunos e esse é mais um sinal de algum crescimento”.

Depois, está em concurso a obra da Escola Básica da Ega. No âmbito do PT2030, está o alargamento e requalificação da Escola Secundária de Condeixa.

O presidente da Câmara falou noutros apoios, tais como, a oferta dos manuais e fichas para o 1º ciclo, a terapia da fala e do inglês no pré-escolar, considerando a educação “decisiva para o desenvolvimento, não só do concelho, mas no país em geral”. Nesta área, existe uma aposta do Município de Condeixa de cerca de um milhão de euros.

Para concluir, importa referir que este concelho, do distrito de Coimbra, é o mais jovem. “A natalidade continua a estar bem, [é uma Vila com] menos pessoas de idade e com mais jovens. Perdemos, segundo os censos, cerca de 1,8% da população, fomos o concelho que menos perdeu. Nós estamos em franco crescimento urbano, com muita construção, com muita gente a vir para esta Vila, algumas delas vindas das aldeias”, avançou.

Nuno Moita concluiu, referindo que agora é “a Câmara que tem de trabalhar, no sentido de criar melhores infraestruturas de saneamento e de água, para acompanharam este crescimento”.

Ouça a entrevista na íntegra: