O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, realiza esta terça-feira mais um Percurso dedicado à “Cultura que somos”, com o objetivo de conhecer e dar voz às ações, aspirações e dinâmicas que constituem a realidade cultural portuguesa.

Neste terceiro Percurso privilegiam-se projetos que, ao abraçarem a causa da inclusão, enriquecem o nosso panorama cultural e artístico ao mesmo tempo que transformam vidas afetadas por obstáculos de natureza diversa, originados em situações específicas de doença, condição física ou contexto social. 

Lisboa, Leiria e Coimbra são os concelhos a visitar, num périplo ao encontro de estruturas vocacionadas para diversos domínios artísticos, nomeadamente música, artes visuais, ópera e dança. Manicómio, Acess Lab, e CiM – Companhia de Dança completaram a manhã na capital. O programa prossegue à tarde no Estabelecimento Prisional de Leiria com o projeto Ópera na Prisão, e termina em Coimbra, para conhecer o grupo de rock 5.ª Punkada.

“A criação artística tem um enorme potencial para derrubar barreiras, sendo aliás essa uma das suas características: barreiras sociais, económicas e geográficas, a par de barreiras individuais, relacionadas com a doença ou com a condição física”, afirma Pedro Adão e Silva a propósito do tema deste Percurso. E sublinha: “O papel do ministro da Cultura é, também, dar visibilidade ao muito que já se faz neste domínio, um pouco por todo o país”.

A iniciativa “Cultura que somos” teve o seu arranque a 20 de setembro último no distrito de Lisboa, numa jornada consagrada à Cultura Urbana. Sob o mesmo tema o ministro da Cultura percorreu em outubro quatro concelhos do norte do país: Famalicão, Braga, Barcelos e Guimarães. Pensados numa lógica de cobertura territorial, os Percursos do Ministério da Cultura organizam-se segundo um tema mensal, podendo decorrer em dias consecutivos ou alternados. O objetivo é fomentar a proximidade e o diálogo, no terreno, com pessoas e entidades ativas no contexto da cultura e das artes.

 A diversidade é um conceito orientador do programa, que contempla agentes culturais, estruturas e criadores de diversas expressões, vocacionados para diferentes públicos.

Esta abrangência, que constitui a riqueza da “Cultura que somos”, permite percecionar tendências e movimentos que estão a fazer o seu caminho, às vezes de forma discreta, mas com relevante impacto na região ou na área em que atuam. Ao reconhecer a energia transformadora de agentes e artistas, estes percursos são também uma forma de valorizar e incentivar a participação cidadã na dinâmica cultural do país.