O Conselho Nacional do PSD rejeitou hoje a proposta da direção para adiar a marcação do calendário interno para depois da votação do Orçamento do Estado. As diretas vão ter lugar em 4 de dezembro.

Segundo relatos feitos à Lusa, o requerimento foi rejeitado com 71 votos contra, 40 a favor e 4 abstenções.

O Conselho Nacional do PSD aprovou, por outro lado, a data em que as diretas do partido vão então ocorrer: dia 4 de dezembro. O 39.º Congresso será entre 14 e 16 de janeiro, em Lisboa. 

Segundo relatos feitos à Lusa, não foi divulgado o número de votos, tendo o calendário sido “aprovado por larga maioria”.

Na quarta-feira à noite, pouco mais de duas horas depois de este calendário ter sido enviado pela direção aos membros do Conselho Nacional, Rui Rio falou aos jornalistas para apelar a este órgão para não marcar hoje as diretas e o Congresso e só o fazer depois de se esclarecer se o próximo Orçamento do Estado seria ou não aprovado.

A justificação, explicou hoje à entrada do Conselho Nacional, seria “a iminência de uma crise política grave” e a possibilidade de o país ir para eleições legislativas antecipadas.

“Se tivermos eleições legislativas, Portugal quer um PSD em condições de combater o PS e de fazer eleições completamente normais, coisa que não acontecerá se o Conselho Nacional não ponderar” o adiamento da marcação de diretas e Congresso”, defendeu Rio.

Este apelo à suspensão do calendário eleitoral interno mereceu durante o dia críticas de várias figuras do partido, que acusaram Rio de estar agarrado ao poder e de “desespero”, e levou a direção a formalizar a proposta em forma de requerimento, agora chumbado.