A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defende medidas claras e urgentes para defender os postos de trabalho. O vice-presidente da confederação, Armindo Monteiro, não percebe como é possível o Governo querer aumentar o salário mínimo:

Mais de metade das empresas portuguesas estão a ter uma quebra de 40% nas encomendas. Ainda assim, o executivo de António Costa mantém a meta definida de aumento de salários para os 750 euros em 2023.

De acordo com inquérito apresentado pela Confederação Empresarial de Portugal, uma em cada cinco empresas prevê reduzir o número de trabalhadores até final do ano devido à crise causada pela pandemia de covid-19.

Cerca de 21% das empresas responderam que prevêem diminuir o número de trabalhadores, enquanto a maioria espera manter os postos de trabalho e 10% estimam aumentar o número de trabalhadores.

Segundo o mesmo estudo, 61% das empresas antecipam uma redução das vendas no último quadrimestre do ano, sendo a média da quebra esperada de 39%. Por outro lado, 12% das empresas prevêem aumentar as vendas, enquanto 27% antecipam a sua manutenção.

Outro dado “preocupante”, segundo a CIP, é a percentagem de empresas que pensam em diminuir o investimento em 2021, que atinge os 39%. Por sua vez, 44% das empresas prevêem manter o investimento em 2021 e 17% antecipam um aumento.