O novo Centro de Saúde Fernão de Magalhães, no centro de Coimbra, deverá abrir até ao final do ano, afirmou hoje a Administração Regional de Saúde, após novos atrasos nas obras que deveriam ter ficado concluídas em 2022.

O novo centro de saúde era para ter ficado concluído em 2022, depois a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) apontou para o segundo trimestre de 2023 e agora avança com a possibilidade de o equipamento entrar em funcionamento “até ao final do ano”, referiu aquela entidade, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

“O Centro de Saúde da Fernão de Magalhães, em Coimbra, sofreu um atraso resultante de um conjunto diversificado de fatores que, encadeados, fizeram derrapar a obra para além do desejado”, afirmou a ARSC.

Segundo a nota, o atraso “prende-se, sobretudo, com a conjuntura verificada na construção civil, nomeadamente a falta de mão de obra, materiais de construção selecionados em fase de projeto, mas que se encontravam esgotados durante a execução da obra, bem como um conjunto de imprevistos durante o processo de construção”.

De acordo com a ARSC, “neste momento, encontram-se a decorrer os trabalhos finais com vista a entrega provisória da obra”.

A Administração Regional de Saúde espera que tal possa acontecer durante as próximas “duas a três semanas, podendo dessa forma proceder-se à limpeza geral, instalação dos equipamentos — grande parte deles já entregues e armazenados em instalações da ARS Centro — e licenciamento geral do edifício para os fins a que se destina”.

Em janeiro, a agência Lusa tinha noticiado uma derrapagem nos prazos para a conclusão da empreitada, que sofreu também um aumento de custos de 550 mil euros.

Também nessa altura, a ARSC justificou os atrasos e aumento de custos com a atual conjuntura.

A obra foi consignada por 4,7 milhões de euros, em setembro de 2020, sendo financiada pelo Programa Operacional Centro 2020.

Aquele novo centro de saúde está situado no centro da cidade de Coimbra e vai servir cerca de 30 mil pessoas, sendo uma empreitada há muito defendida, face às condições das atuais instalações.

As obras deveriam ter começado em 2018, mas apenas avançaram dois anos após o seu anúncio.