Na próxima segunda-feira, dia 26 de setembro, decorre, no Convento São Francisco, a conferência internacional “A empresa social que futuro?”. A atividade promovida pela Câmara Municipal (CM) de Coimbra, que vai contar com a presença da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, tem como objetivo debater o papel das empresas sociais.  

Atentos ao crescente debate e interesse no seio das diversas estruturas europeias acerca da empresa social, bem como o eventual futuro enquadramento em programas comunitários, a CM de Coimbra entende que é importante refletir sobre a temática da economia social no contexto português, bem como conhecer a realidade de outros países europeus e proporcionar a troca de experiências. Assim, a Divisão de Intervenção e Ação Social do Município de Coimbra promove, na próxima segunda-feira, dia 26 de setembro, na Sala Mondego do Convento São Francisco, esta atividade de cariz internacional. 

A conferência internacional “A empresa social que futuro?” tem como objetivos debater o papel das empresas sociais, promover uma consciência geral de que as empresas sociais se preocupam com o meio ambiente e que promovem melhorias na comunidade envolvente, bem como partilhar experiências de empresas sociais, quer nacionais, quer internacionais.

A conferência vai contar, na sua sessão de abertura, com a presença da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho. Destaque ainda para o painel “Empresa Social – Por Um Debate Aberto”, vai contar com a presença de representantes da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES), onde será feita a apresentação de um estudo com o mesmo título. 

Na primeira mesa-redonda, moderada pela professora auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Maria Elisabete Ramos, estarão presentes os seguintes oradores: Richard Gavin, responsável pela implementação da Política Nacional da Empresa Social para a Irlanda; Marinos Aniftos, comissário da Autoridade para as Sociedades Cooperativas e Empresas Sociais do Chipre; Filipe Almeida, presidente da Portugal Inovação Social; Rita Pires, professora da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, e Rui Namorado, professor Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. 

O painel “Social Enterprises and their Ecosystems In Europe Country Report Portugal”, vai contar com a participação da professora auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Silvia Ferreira. E a segunda mesa-redonda, moderada pelo professor de História Económica e Social e Diretor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Álvaro Garrido, estrão presentes os seguintes oradores: Arnaud Boulanger, da Administração Francesa do Tesouro; Rocío Nogales, Diretora Executiva da Rede EMES – Espanha; Antonio Fici, Professor da Universidade de Roma “Tor Vergata” e Diretor Científico da Terzjus; Deolinda Meira, Professora de Direito Comercial, Diretora do Mestrado em Gestão e Regime Jurídico Empresarial da Economia Social do ISCAP. Já a conferência de encerramento está a cargo do presidente da Direção da CASES, Eduardo Graça.

A Economia Social, conforme definida na Lei de Bases (Lei n.º 30/2013, de 8 de maio), integra o conjunto das atividades económicas-socias, livremente levadas a cabo por entidades de personalidades jurídica diversas e sem finalidade lucrativa, criadas para prosseguir o interesse geral da sociedade, quer diretamente, quer através da prossecução dos interesses dos seus membros, utilizadores e beneficiários, quando socialmente relevantes.

Atualmente, o Município de Coimbra encontra-se entre os Municípios portugueses com maior número de entidades de Economia Social e consequentemente possui um considerável número de postos de trabalho nas entidades da Economia Social. 

Importa ainda sublinhar que o Município de Coimbra, através das diversas entidades do ensino superior, disponibiliza formação académica de excelência na área da Economia Social e desenvolve na atualidade vários projetos e iniciativas de empreendedorismo e inovação social.

Ao que acresce o facto de Coimbra possuir uma Rede Social com cerca de 320 entidades com um trabalho relevante no apoio, não só às famílias em situação de vulnerabilidade social, mas também às organizações da Economia Social.