O anticiclone dos Açores duplicou de tamanho no último ano. Trata-se uma anomalia que contribuiu para que chovesse menos na Europa e na Costa Leste dos Estados Unidos. Esta é uma conclusão de um estudo, publicado na revista ‘Nature’.
Em declarações à SIC Notícias, o climatologista Mário Marques refere quais são as consequências desta expansão:
Os autores da pesquisa afirmam ainda que uma anomalia assim não acontecia há mais de mil anos, o que estaria a afetar as chuvas. Contudo, Mário Marques alerta para o facto deste ser apenas um modelo, de um ensaio mais amplo:
Os gases com efeito de estufa são uma das causas para esta anomalia:
O anticiclone dos Açores e a depressão da Islândia formam os polos opostos da oscilação do Atlântico norte. Durante o verão, os dois sistemas aumentam e deslocam-se para norte, cortando a humidade e provocando um tempo mais seco e quente na Península Ibérica. Pelo contrário, o anticiclone dos Açores encolhe perante a depressão da Islândia no inverno.
Mas é exatamente isso que está a mudar, de acordo com o estudo, que mostra que o anticiclone dos Açores expande-se para lá dos limites habituais com maior frequência.