Os alunos da turma 11.º B, da Escola Dr. Daniel de Matos, em Vila Nova de Poiares, foram desafiados a participarem na 21ª edição da Maratona de Cartas. Trata-se do maior evento de Direito Humanos, promovido pela Amnistia Internacional e que conta com a participação de milhões de pessoas em todo o mundo.
Ao aderir a esta iniciativas, os alunos tornarem-se embaixadores de cada um dos cinco casos a que se destinam os apelos da Maratona de Cartas 2022. Assim, convidam todas as pessoas a participar como promotoras dos Direito Humanos.
Para votar deve-se associar a assinatura ao código do AEVNP, LW6K para que a escola Dr. Daniel de Matos recolha o maior número de apelos possível.
Em entrevista à MundialFM, os porta-voz da turma deixaram um apelo e reiteraram a mensagem de que todos os votos contam. É possível que os cinco casos sejam libertados, tudo depende do número de votações conseguidas.
Como e onde pode votar?
A petição funciona exclusivamente online e de maneira muito simples, bastando entrar https://www.amnistia.pt/peticao/maratona-de-cartas-2022/ e selecionar os casos (apelos) deste ano. Depois seguir os passos até à submissão.
A idade mínima para participar é 14 anos. Antes de concorrer deve estar na posse do n.º de Cartão de Cidadão.
Quando?
Até 31 de Janeiro.
Vitórias obtidas no ano anterior:
- Foram registadas, pelo menos, 4.657.104 ações em defesa dos Direitos Humanos, em todo o mundo.
- Foi registado um novo recorde de assinaturas e mensagens de solidariedade enviadas a partir de Portugal: foram recolhidas 128.991 assinaturas e 4.431 mensagens de solidariedade para cada um dos casos deste projeto.
- Bernardo Caal Xol (um dos casos do ano passado) foi libertado.
Apresentação dos casos deste ano
Aleksandra Skochilenko decidiu que não podia continuar em silêncio face à invasão russa da Ucrânia. Devido a um protesto pacífico, neste momento está detida em condições terríveis e arrisca-se a uma pena de prisão que pode ir até aos 10 anos.
Chow Hang-tung Em junho de 2021, pediu para que, nas redes sociais, fossem acesas velas em memória de todos os manifestantes que perderam a vida no massacre de Tiananmen, em 1989. Por essa ação pacífica, encontra-se a cumprir pena de prisão.
Dorgelesse Nguessan nunca tinha participado numa manifestação, mas, em setembro de 2020, as condições socioeconómicas nos Camarões motivaram-na a juntar-se a uma pela primeira vez. Por ter ousado manifestar-se pacificamente, Dorgelesse está a cumprir uma pena de 5 anos de prisão.
Luis Manuel Otero Alcántara é um artista afro-cubano e autodidata, que publicou um vídeo online afirmando que iria juntar-se a uma manifestação pacífica em Cuba. Acabou por ser detido e levado para uma prisão de segurança máxima, onde se encontra até hoje.
Nasser Zefzafi é uma das figuras mais conhecidas de um movimento cívico que exige melhorias socioecónomicas para Marrocos. Contudo, devido às suas ações pacíficas em defesa dos direitos de todos, foi detido e condenado a 20 anos de prisão.
Reportagem:
