Concluir algumas das obras municipais, expandir a incubadora de Penela, contratar mais médicos, criar um plano de saúde, apostar no património cultural e natural, apostar na educação e acabar com as portagens na A13 são alguns dos desígnios do presidente da Câmara Municipal de Penela.

Eleito presidente da Câmara há cerca de três meses, Eduardo Santos revela que ainda estão “numa fase precoce e há a sensação de que entramos num comboio em andamento e quermos acompanhá-lo e, se possível, imprimir-lhe ainda mais velocidade”.

Neste sentido, salientou que as propostas políticas de Penela são pensadas para melhorar o bem estar dos municípes. Por isso, para 2022, há um conjunto de obras que se pretendem concluir, tais como, as obras do Castelo, a beneficiação do Mercado Municipal, a expansão de incubadora, “que também é fundamental para podermos continuar a acolher a novas empresas”, e a conclusão da obra da Piscina Municipal, “muito assente nas necessidades de eficiência energética”.

Mas não ficamos por aqui. Este é o ano da transferência de competências do Estado Central para os Municípios, no âmbito da Saúde, Educação e Segurança Social. Neste sentido, Eduardo Santos realçou, em entrevista à MundialFM, que esta transferência de competências vai permitir “a quem está próximo dar uma resposta muito mais urgente e muito mais capaz”.

No entanto, alertou para o reverso da moeda, caso “o envelope financeiro associado às transferências de competências não seja suficiente”, terão de ir “buscar financiamento ao orçamento, o que poderá condicionar outros projetos também estruturantes para o Município”.

Ainda na área da Saúde, o Executivo de Penela pretende fazer investimentos próprios, “reforçando também aquilo que são as ofertas locais, seja com o aumento dos horários e contratação de médicos, seja através de um seguro de saúde”, indicou.

Também existem objetivos no que concerne à valorização do património histórico: o Castelo de Penela, o Castelo do Germanelo e a Vila Romana de São Simão.

O presidente da Câmara referiu que Penela está a 15 minutos de Coimbra, no entanto existe um entrave – as portagens na A13. “Se conseguíssemos retirar as portagens na A13, Penela quase que deixava de ser um Município do Pinhal Interior”, avançou Eduardo Santos referindo que esta “medida poderia apoximar o Município da Cidade”.

Relativamente a desertificação populacional, também este concelho sente o peso de ser do interior. De acordo com o autarca e, tendo por base os Censos de 2021, Penela tem “vindo a perder muita população nos últimos anos. Desde 2013 a 2021 perdemos cerca de 8% da população, mas curiosamente este número é mais baixo do que aquilo que seria expectável, porque também ganhamos muita população estrangeira”.

O presidente da Câmara de Penela sabe que no seu concelho existe “um conjunto de mais-valias que são muito atrativas para as pessoas, agora aquilo que temos de fazer é criar um ecossietema que depois possa também contribuir para que as pessoas se fixem no território”.

Apesar de existir um tecido empresarial forte e uma baixa taxa de desemprego, ainda há aspetos a melhorar. Como por exemplo, “criar espaços habitacionais que as pessoas possam a comprar/arrendar ou, eventualmente, construir a sua a sua própria habitação”, concluiu Eduardo Santos.

Ouça a entrevista na íntegra: