A condição da mulher Africana têm um longo caminho pela frente, tendo o objetivo da igualdade de género.
Edna Manassa tem 35 anos, é vendedora no mercado, onde cresceu e criou o seu próprio negócio, no mesmo mercado que a mãe vendia (Mercado da Asa Branca, em Luanda). Edna está grávida do terceiro filho e apesar das dificuldades vai à escola três dias por semana.
Com os seus 35 anos, faz parte de uma classe social que representa mais de 60% das mulheres economicamente ativas, nos países em desenvolvimento e é muito complicado ter acesso aos serviços de proteção social básica.
“Depois desta pandemia, o grande desafio será o de enfrentar e resolver os problemas que nos nossos países se agravaram, por força dos confinamentos e de retração económica, nomeadamente a violência doméstica, a violência baseada no género, o desemprego, particularmente o feminino, porquanto são as mulheres que têm mais dificuldades em manter o emprego em situação de crise.” diz a primeira-dama de Angola, Ana Dias Lourenço.
“Um dos grandes desafios (…) dentro do setor de trabalho é lidar com questões sobre assédio sexual no local de trabalho, porque depois estas questões são muito enfraquecidas pela questão da prova, ou seja eu sou assediada e eu tenho que gerar prova.” afirma Rosalina Nhachote, a conselheira da ONU Mulheres de Moçambique, diz que a violência doméstica e o assédio sexual são dos principais fatores que impedem o acesso ou a permanência da mulher no mercado de trabalho formal.
Apesar de tudo, existem várias histórias de superação, onde mulheres ocupam lugares de destaque.