Profanação de cadáveres em cemitério de Alhos Vedros leva PJ a investigar o caso

O cemitério de Alhos Vedros, no concelho da Moita, foi palco de um crime macabro: jazigos arrombados, sepulturas profanadas, caixões abertos e corpos desmembrados. A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o caso, que envolve dez cadáveres transportados para o Instituto de Medicina Legal para análise.

O padre da paróquia local, Nuno Pacheco, descreveu os prejuízos como “incalculáveis” e acredita que a motivação dos responsáveis possa ter sido o roubo de metais ou joias. “À partida, estão à procura de algum metal que possam vender. Cobre, chumbo… acreditarão que poderá haver alguma joia nos corpos”, afirmou.

Segundo o pároco, não se trata do primeiro incidente no cemitério, criado em 1880 e desativado há cerca de 50 anos, mas admite que nunca com esta dimensão. O espaço está encerrado durante a noite, das 17h00 às 8h00, mas “quem quiser saltar os muros consegue”, lamentou.

Após a ocorrência, a população local manifestou “muita tristeza” e “muita mágoa”. A Guarda Nacional Republicana (GNR) esteve inicialmente no local, mas a investigação passou para a PJ. A Proteção Civil iniciou já os trabalhos de limpeza, e o cemitério deverá permanecer encerrado pelo menos até ao final da semana.

O caso veio a público na quarta-feira, através do cardeal Américo Aguiar, bispo de Setúbal, que visitou o local.

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