O Centro de Portugal recebeu hoje, em Torres Vedras, a VI Convenção Nacional da ARAC – Associação Nacional dos Locadores de Veículos, dedicada ao tema “Locação – Resposta para a Nova Mobilidade”. O encontro, que decorreu no Hotel Dolce Campo Real, reuniu os principais protagonistas dos setores da mobilidade, do turismo e da economia, num debate sobre os desafios tecnológicos, ambientais e regulatórios que o país enfrenta.
Na sessão de abertura, Rui Ventura, presidente da Turismo Centro de Portugal, destacou que “vivemos um tempo em que a forma como nos movemos está a mudar radicalmente, com reflexos diretos na forma como viajamos, trabalhamos e fazemos turismo”. Sublinhou ainda que “a locação é hoje um ativo da mobilidade sustentável, da transição energética e da inovação tecnológica”, recordando que “sem mobilidade, sem acessibilidades, não há turismo”.
Rui Ventura realçou a importância da locação automóvel para permitir a milhares de visitantes explorarem o Centro de Portugal “com liberdade e autonomia”, e lembrou que a região “é a única do país sem aeroporto”, defendendo a necessidade de “canalizar para o Centro parte dos fluxos turísticos que chegam a Lisboa e ao Porto”.
Duarte Nobre Guedes, presidente do Conselho Diretor da ARAC, abriu o encontro afirmando que a locação “é uma forma de mobilidade que garante liberdade e sustentabilidade”, apelando à proteção do setor perante novos desafios regulatórios europeus e à continuidade do diálogo com as instituições nacionais e europeias.
Já Laura Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, deu as boas-vindas aos participantes, salientando os investimentos estruturantes na mobilidade sustentável do concelho, como a instalação de postos de carregamento elétrico e a nova ligação da A8 à zona empresarial e ao litoral.
Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, considerou que “se o turismo é o motor da economia, a mobilidade é o combustível que o faz avançar”, apelando ao “consenso político e à estabilidade governativa” para que projetos estratégicos, como o novo aeroporto e a ferrovia, avancem “em benefício do país”. Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, elogiou a “maturidade e resiliência do turismo português”, defendendo “um novo modelo de gestão sustentável, que consolide mercados maduros e abra novas fronteiras”.
Durante o dia, a convenção promoveu um conjunto de cinco painéis de debate sobre o futuro da mobilidade, explorando as ligações entre economia, turismo e sustentabilidade, o papel da locação automóvel na transição energética, as novas tendências tecnológicas e o impacto das mudanças de comportamento dos consumidores. Entre os oradores estiveram representantes de empresas e instituições como o Turismo de Portugal, ANA Aeroportos, Europcar, Stellantis, ACP, APAVT e Grupo PortoBay, bem como personalidades como Luís Mira Amaral e Rita Marques.
Na sessão de encerramento intervieram Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da ARAC, Carlos Abade, do Turismo de Portugal, e Cristina Dias, Secretária de Estado da Mobilidade.
Foi ainda anunciado que a VII Convenção Nacional da ARAC regressará ao Centro de Portugal em 2026, realizando-se em Óbidos. A escolha reforça a relação estratégica entre a associação, a Turismo Centro de Portugal e os territórios que apostam numa mobilidade cada vez mais sustentável e inovadora.
