Segundo o Barómetro Europeu do Consumo 2022 do Observador Cetelem, perante um contexto de incerteza na economia, os portugueses que compram produtos em segunda mão tendem a fazê-lo também para poupa.

Esta motivação financeira é claramente mais prevalente do que o desejo de se comportar de forma amiga do ambiente (38%) ou de consumir mais ou de forma mais diversificada (28%). A expetativa de poupança é ligeiramente menos comum entre os europeus (52%), sendo maior em Portugal (63%), Eslováquia (60%) e Suécia (59%), e um pouco menos na Itália (47%), Áustria e Reino Unido (48%).

Mas o que fazem os consumidores com estas economias? Primeiro, guardam-nas – no caso de 69% dos portugueses e de 52% dos europeus -, confirmando que a vontade de poupar está viva nestes tempos incertos. Depois, utilizam-nas para comprar outros produtos, sendo os inquiridos com menos de 50 anos os mais dispostos a fazê-lo.

No entanto, no que toca a esta questão, os comportamentos diferem significativamente de um país para outro. Mais uma vez, os portugueses (69%), mas também os belgas (64%) e os suecos (63%), parecem mais inclinados a colocar as poupanças de parte. 

Em contraste, os búlgaros, romenos, húngaros e alemães parecem determinados em abrir os cordões à bolsa (66%, 58%, 55% e 54%, respetivamente).