Cerca de 400 pessoas estiveram no Multiusos de Febres.
Foi com a “A Festa”, peça do dramaturgo italiano Spiro Scimone, com encenação de Maria João Luís e produção da companhia “Teatro das Beiras”, que baixou o pano do XXV Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede.
Ao longo de quase três meses, 18 grupos de teatro amador, envolvendo cerca de quatro centenas de elementos, percorreram as freguesias onde as coletividades que deram corpo a esta ampla ação cultural desenvolvem a sua intervenção cultural.
“Este é um projeto estruturante e de grande envergadura, não apenas pelo número de grupos e pessoas envolvidas, mas sobretudo pela sua dimensão intergeracional.
A par disso, é gratificante ver, à medida que as edições vão passando, uma crescente adesão de entusiastas desta arte e peças de elevada qualidade”, observou a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, no final da sessão de encerramento, destacando a importância da formação, para que esta arte cénica continue pujante.
“O Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede não é só um momento cultural, é o resultado do muito trabalho e entusiasmo de centenas de pessoas que, não sendo profissionais do teatro, abraçam esta arte de corpo e alma”, elogiou.
Também o vice-presidente da Câmara com o pelouro da Cultura, Pedro Cardoso, elogiou “a evolução artística de coletividades vocacionadas para este género de manifestação cultural, ao mesmo tempo que dinamizaram a criação de novos públicos, fazendo do concelho um megapalco das artes cénicas”.
“Foram 25 anos a contribuir para a revitalização e desenvolvimento da atividade teatral no concelho, a apoiar as associações que têm vindo a desenvolver uma prática regular no âmbito das artes cénicas, a proporcionar um intercâmbio artístico e de partilha de experiências para além do indiscutível interesse cultural desta iniciativa”, acrescentou.

Destaque ainda para a mensagem de Maria João Luís, exibida no início da sessão, na qual a encenadora elogiou este projeto dinamizado pela Câmara Municipal, destacando a importância de levar a cultura para fora dos grandes centros.
“Foi um privilégio encenar esta festa, mas também levá-la à sessão de encerramento do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede”, referiu.
A sessão de encerramento do Ciclo de Teatro Amador, que decorreu este sábado no Multiusos de Febres, levou à cena uma peça humorística e, simultaneamente, trágica, que obriga a uma reflexão sobre a natureza das relações interpessoais e os verdadeiros significados de conceitos como família, amor e celebração.
Em palco, os atores Miguel Brás, Miguel Henriques, Susana Gouveia deram vida à história de uma família modesta, onde se destacam as desavenças entre pai, mãe e filho adulto durante a celebração dos anos de casados.
Com uma narrativa aparentemente simples, assente em diálogos carregados de subtexto e ironia, a obra explora temas profundos e complexos da vida familiar e social.
No final da sessão, decorreu a entrega dos certificados de participação aos 18 grupos que participaram no XXV Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede.