Confrontos entre manifestantes e forças policiais voltaram a ocorrer esta noite na Irlanda do Norte, provocando pelo menos 55 feridos.
Durante o dia de quinta-feira, o primeiro ministro britânico, Boris Johnson e o seu homólogo Irlandês, Michael Martin, apelaram à calma após as violências “inaceitáveis” registadas nos últimos dias na Irlanda do Norte, que já não se via à alguns anos. Mas não foram os únicos a apelar à calma, em Washington, a Casa Branca fez o mesmo.
A Comissão Europeia também já condenou “nos termos mais forte possíveis” os distúrbios que ocorreram nos últimos dias na Irlanda do Norte, apelando a que os envolvidos se “abstenham imediatamente” dos “atos de violência”.
As manifestações de violência na quarta-feira à noite seguiram-se aos distúrbios ocorridos durante o fim de semana da Páscoa em áreas dentro e ao redor de Belfast e Londonderry, com carros incendiados e ataques contra polícias.
A violência recente, em grande parte das áreas pró-britânicas, aumentou devido a tensões crescentes sobre as regras comerciais pós-“Brexit” para a Irlanda do Norte e deteriorou as relações entre os partidos no governo de Belfast, compartilhando entre católicos e protestantes.
O novo acordo comercial entre Londres e o bloco comunitário impôs controlos aduaneiros e fronteiriços a algumas mercadorias que circulam entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido.
O acordo foi elaborado para evitar controlos entre a Irlanda do Norte e a Irlanda, um membro da UE, uma vez que a fronteira Irlandesa aberta ajudou a sustentar o processo de paz construído pelo Acordo de Sexta-Feira Santa em 1998, terminando com mais de 3.000 mortes.
