Trump anuncia ação militar na Venezuela e Maduro pede “prontidão” às forças aéreas

O Presidente norte-americano Donald Trump anunciou esta quinta-feira que os Estados Unidos vão iniciar “muito em breve” ações militares terrestres contra “narcotraficantes da Venezuela”, numa escalada da tensão entre os dois países. Trump não detalhou em que consistirão essas ações, mas sublinhou os ataques recentes no mar das Caraíbas e do Pacífico, que resultaram na destruição de mais de 20 embarcações ligadas ao narcotráfico desde setembro.

Em resposta, o Presidente venezuelano Nicolás Maduro apelou à força aérea do país para estar em “alerta, pronta e disposta” a defender a soberania nacional. Durante um evento na base aérea de Maracay, Maduro afirmou: “Sei que a Venezuela conta convosco” e destacou exercícios de simulação de interceção de aeronaves e tropas invasoras.

O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, criticou ainda governos que “militarizam as Caraíbas” e apelou ao respeito pelos povos da região.

No plano civil, a Venezuela reduziu a atividade aérea, com o Aeroporto Internacional de Maiquetia a operar com horários limitados, após revogar licenças de companhias como TAP, Iberia, Turkish Airlines, Avianca, Latam Colombia e Gol. A IATA apelou às autoridades venezuelanas para reconsiderarem a decisão, enquanto Portugal afirmou que não cederia a ameaças.

A situação ocorre no contexto das manobras militares dos EUA na região, incluindo demonstrações de bombardeiros B-52H e a utilização provisória de aeroportos na República Dominicana, autorizada pelas autoridades locais, para reforçar a luta contra o narcotráfico.

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