Putin acusa Ucrânia de pirataria e ameaça navios ocidentais

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou esta terça-feira a Ucrânia de pirataria por atacar navios mercantes russos no mar Negro e advertiu que a Rússia poderá retaliar contra embarcações de países ocidentais que apoiem Kyiv.

“Se isto continuar, consideraremos a possibilidade de tomar medidas de retaliação contra os navios daqueles países que estão a ajudar a Ucrânia a cometer esses atos de pirataria”, declarou Putin. O líder russo afirmou ainda que as forças russas alargarão os ataques a “instalações portuárias e navios que atraquem nos portos ucranianos”.

Putin falava antes de se reunir com o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, no Kremlin, para discutir a nova versão do plano norte-americano para pôr fim à guerra iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022.

O presidente russo ameaçou também deixar Kyiv sem acesso ao mar Negro, caso os ataques contra os navios russos não cessem, sublinhando que estas ações não ocorreram em águas neutras, mas na zona económica de um terceiro país, numa referência à Turquia.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, considerou o ataque ucraniano a dois petroleiros no mar Negro “inexequível” e alertou para a escalada do risco à navegação na região. Kyiv reivindicou os ataques com drones navais contra os petroleiros “Kairos” e “Virat”, ambos com bandeira da Gâmbia e sem carga no momento do ataque.

Entretanto, outro petroleiro turco ligado à frota fantasma russa foi danificado ao largo da costa do Senegal, e a Ucrânia negou qualquer relação com o ataque a um navio russo transportando óleo de girassol no mar Negro.

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