Espaço com áreas de lazer e desporto, parque merendas e espaço lúdico-pedagógico

O projeto de arquitetura paisagística do futuro parque verde de Vila Nova de Poiares foi apresentado na última reunião da Câmara Municipal, e mostrou as linhas gerais de um «projeto ambicioso», que permitirá uma zona de descontinuidade entre a zona industrial e a zona residencial.

O estudo foi apresentado pelos arquitetos paisagistas responsáveis pelo projeto que, em articulação com o Executivo, desenvolveram a ideia-base daquele que será o futuro Parque Verde de Vila Nova de Poiares e que pretende incluir zonas de lazer, parque de merendas, espaço infantil, áreas desportivas, circuitos de manutenção e ainda um espaço lúdico-pedagógico, com vertente de estudo ambiental.

«É um projeto de grande dimensão e muito ambicioso que irá permitir a criação de um espaço extremamente aprazível, com inúmeras valências e potencialidades em diferentes áreas, desde a preservação e sensibilização ambiental, defesa da floresta, mobilidade sustentável e desporto», afirmou o presidente da Câmara Municipal, João Miguel Henriques.

A preocupação ambiental é uma constante nas diferentes áreas do projeto, prevendo a utilização de espécies arbóreas e arbustivas regionais e características das zonas ribeirinhas, como os freixos, salgueiros, amieiros, entre outros, preservando ao máximo a riqueza da biodiversidade que atualmente já existe naquele local.

Desenvolvido com preocupação de não desvirtuar a identidade do espaço, o projeto prevê o aproveitamento das linhas hídricas existentes, com a criação de algumas bolsas de retenção de água, que ao mesmo tempo que irão permitir a utilização dos planos de água, evitarão também a acumulação de águas a jusante.

Um projeto pensado a longo prazo

A extensa área que cobre e a visão integrada com que este projeto foi desenvolvido, não permite a sua concretização de uma só vez, mas favorece a possibilidade de candidaturas a várias linhas de apoio e fundos de desenvolvimento, garantindo que as intervenções possam ir sendo feitas com as linhas de financiamento necessárias.

O circuito de ciclovias, concluído recentemente, inclui já uma parte de intervenção do atual projeto e outras linhas de financiamento irão permitir intervenções parciais que, pouco a pouco, contribuirão para a concretização dos diferentes setores do parque.

Preservação do uso dos solos

«Neste momento o Município já é proprietário de vários artigos da área de intervenção, mas todo o projeto está pensado e idealizado de forma a conseguir preservar os diferentes usos dos solos que já existem, permitindo que as zonas agrícolas existentes possam manter-se com os seus atuais proprietários, garantindo que a manutenção dos espaços se possa continuar a fazer de forma integrada», concluiu.