Pandemia afasta dadores dos hospitais Suecos, onde há quem tenha que esperar mais de 30 meses e esse período de espera não para de aumentar.

Na Suécia consegue enfrentar uma severa escassez nos stocks de esperma utilizado na gravidez assistida, uma vez que os dadores estão a evitar hospitais durante a pandemia de Covid-19, acabando assim por adiar inseminações em grandes partes do sistema de saúde do país.

“Estamos a ficar sem esperma. Nunca tivemos tão poucos dadores como neste último ano” afirma a diretora da unidade de reprodutiva do Hospital Universitário de Gotemburgo, Ann Thurin Kjellberg.

A queda é de tal forma severa que, para muitas mulheres que recorrem à gravidez medicamente assistida, o tempo médio que espera disparou de seis meses para uns estimados 30 meses, apenas no ano passado, embora os especialistas admitam que esse número venha aumentar num futuro próximo.

Thurin Kjellberg admite que este é um “fenómeno nacional” e dá conta de que a situação está a atingir proporções inéditas, uma vez que duas das três maiores cidades já não têm qualquer stock de esperma.

No entanto, clínicas privadas que dão a volta à escassez através da compra do stock de outros países. Estas clínicas não são uma opção devido aos elevados preços que praticam, pois um tratamento numa clínica privada ronda o valor de 100.000 coroas suecas (10 mil euros), algo impensável para muitos casais jovens que preferem optar pela opção gratuita oferecida pelo sistema de saúde sueco.