As mulheres ocupam quase um terço dos cargos dos Conselhos de Administração das empresas cotadas, mas ganham, em média, menos 220 euros/mês do que os homens em Portugal, sendo mais vulneráveis à pobreza e desemprego.

Este valor faz de Portugal o 11.º país da UE27 (27 países da União Europeia) com maior peso das mulheres nos Conselhos de Administração das empresas, sendo “notória” a evolução neste indicador, já que em 2010 o peso das mulheres era de 5,4% e, em 2009, de 3,7%.

A crescer tem estado também o peso das mulheres empregadoras, sendo atualmente do sexo feminino quase um em cada três empregadores em Portugal, seis vezes mais do que em meados dos anos 70. No contexto da UE27, nota a Pordata, “Portugal é o quarto país onde o peso das empregadoras é mais elevado”.

Também na política as mulheres têm vindo a “ganhar terreno”, com o peso das mulheres no parlamento nacional a duplicar entre 2003 e 2021.

Assim, nos quadros superiores as mulheres ganham menos 700 euros do que os homens e, entre os profissionais altamente qualificados, menos 326 euros.

Esta disparidade salarial sente-se particularmente no setor das atividades financeiras e dos seguros, onde as mulheres ganham menos 624 euros, seguindo-se o setor da saúde, com uma diferença de mais de 380 euros, e da educação, com 349 euros de diferença.